segunda-feira, 11 de abril de 2011

Relacionamento entre pais e filhos

Às vezes, nós temos a petulância de exigir que nossos filhos se comportem de uma maneira que eles não aprenderam ainda.

Ao ser convidado para ministrar sobre relacionamento entre pais e filhos, senti que era uma responsabilidade muito grande, mas aceitei crendo que o meu Paizinho querido e Santo me orientaria e me diria o que falar dentro de um tema tão delicado e importante, pois concerne a uma crucial faceta da estrutura da família e, só por Ele e através dEle, eu poderia lhes trazer alguma coisa realmente interessante e construtiva.

Tentei basear este estudo apenasna Palavra dEle,

tentando não emitir opiniões pessoais.

Espero sinceramente que seja útil.

E espero também, que apenas tenha sido usado

como ferramenta e instrumento dEle.





Vamos ao que Ele nos deu:



DEUTERONÔMIO, 6:

4- Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor.

5- Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças.

6- E estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração;

7- e as ensinarás aos teus filhos, e delasfalarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.



Primeira lição de Deus, quando quis que povo israeleta ensinasse a lei do próprio Deus a seus filhos:



delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.





Especificamente, o quê Deus estava ordenando aqui?



Que o povo transmitisse aos seus filhos o conhecimento que lhes havia sido passado por Moisés. Eles sabiam quais eram os limites estabelecidos por Deus e quais eram as conseqüências quando esses limites eram desrespeitados



Primeira lição para nós, que somos paisde família:



nossos filhos precisam saber, clara e

especificamente, quais são os limites impostos pela

vida, pela educação, por nossas limitações

intelectuais e financeiras, e, acima de tudo, eles

precisam tomar conhecimento desses limites.



Às vezes, nós temos a petulância de exigir que nossos filhos se comportem de uma maneira que eles não aprenderam ainda.



Queremos que eles ajam de acordo com regras que são absolutamente claras para nós, mas que eles, talvez nem saibam ainda da existência delas.



Pior, muitas vezes queremos que ajam de modo correto numa determinada circunstância, mas nem sempre agimos de modo coerente com o que exigimos deles.



Nós não respeitamos certas regras e certos limites, que conhecemos, e queremos que nossos filhos, que ainda não conhecem muitos deles, os respeitem.



Não conseguiremos que respeitem as tais regras e não teremos o respeito deles, se não agirmos exatamente de acordo com aquilo que ensinamos.



Temos que ensinar limites aos nossos filhos, porque se não a vida ensina e o método de ensino da vida é, quase sempre, cruel e doloroso.



Temos que ensinar, mostrar limites e fazer com que nossos filhos os respeitem.





Como ensinar?



sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.



Mais uma vez, o quê que Deus está dizendo?



Sentado, andando, ao deitar-te, ao levantar-te... no falar, no caminhar, no comer, no lazer, na diversão, na disciplina... na comunhão, no partir do pão, na oração, na leitura da Palavra de Deus... enfim,

Deus nos diz que devemos ensinar com atitudes.



Palavras são para serem ouvidas.

Ensinamentos são para serem aprendidos e até colocados em prática.

Mas, não podemos de maneira nenhuma esquecer que são as atitudes que mostram a eficiência e a veracidade das palavras que falamos, e são os exemplos que damos, que comprovam o acerto e a correção daquilo que ensinamos.



Temos que falar de acordo com aquilo que fazemos.

Temos que agir de acordo com aquilo que ensinamos.



É isso que Deus está dizendo.

Exemplos e atitudes ensinam o tempo todo.

Seu filho pode esquecer o que você fala, mas sempre se lembra do que você faz.

Primeiro ensinamento. Primeira lição de Deus.

Quando começar?



PROVÉRBIOS, 22:

6- instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.



Bem cedo.

Instrui o menino. Instrui a criança.

Não é o adulto nem o adolescente.



Não devemosdeixar pra depois.

Pode ser muito tarde.



Ensinar uma coisa ou um preceito da maneira correta é muito mais fácil do que corrigir vícios e deslizes aprendidos com pessoas, adolescentes, adultos ou crianças que não conhecem e nem aprenderam ainda a respeitar aqueles mesmos limites e regras que a vida, a educação, o direito do outro, nossas obrigações e o próprio Deus nos impõem.



A melhor maneira de ensinar é fazer junto.

A melhor maneira de exigir é dar o exemplo.

A melhor hora de começar é bem cedo.

E a principal atitude que tudo isso exige, é a coerência.



Você não precisabeber veneno pra saber que ele mata. Alguém já bebeu e morreu. Você sabe disso. Não bebe pra não correr o risco de morrer.

Esta é uma seqüência coerente e lógica.



Você precisa ensinar ao seu filho assim:

com atitudes coerentes e lógicas.



Deus age assim. Deus ensina assim.

Deus quer que aprendamos e ensinemos assim.



EFÉSIOS, 6:

1- Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque é justo.

2- Honra a teu pai e tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa),

3- paraque te vá bem e sejas de longa vida sobre a terra.

4- E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filho, mas criai-osna disciplina e admoestação do Senhor.



... filhos, sede obedientes a vossos pais.

para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.



Precisamos passar esta informação para nossos filhos, para que eles saibam que, se honrarem e obedecerem a seus pais, são eles que vão sair ganhando com isso.



Primeiro, porque é uma promessa de Deus.

Depois, porque ouvindo e aprendendo com pessoas mais experientes, eles, com certeza, evitarão muitos dissabores.



Há um provérbio chinês que diz: “A pessoa inteligente aprende com seus próprios erros. O sábio aprende com os erros dos outros”.



Teríamos sofrido menosna vida, se tivéssemos prestado mais atenção ao que os mais velhos diziam.

Precisamos ensinar nossos filhos a não repetir nossos erros.



...pais, não provoqueis à ira vossos filho



Aqui há uma recomendação muito séria do nosso Pai celeste.



Não provocar nossos filhos à ira, é tão importante quanto discipliná-los ou corrigi-los.



É saber que estamos lidando com uma pessoa diferente de nós. Com personalidade própria. Com gostos, desejos, sonhos e vontades que lhe são tão importantes quanto as nossas o são para nós.



Costumamos, não muito raramente, nos esquecer deste “pequeno” detalhe.



Queremos que nossos filhos sejam como nós somos, gostem das coisas que gostamos e façam apenas as coisas que nós achamos que eles podem fazer.



Às vezes, proibimos nossos filhos de fazer alguma coisa que queriam muito...

...apenas porque nós não gostamos daquilo.



Não porque seja ética, comportamental ou biblicamante incorreto.

Nós não gostamos... eles não devem gostar também.

Isso acontece com muito mais freqüência do que imaginamos.

Principalmente em relação a esportes ou profissões estereotipados ou cheios de paradigmas.



Futebol é para homem.

Dança é muito feminino.

Acho o basquete um jogo muito sem graça...

Homem não pode gostar de cozinhar...

Mulher tem que gostar é de boneca, não pode ser muito agitada, nem muito aventureira para não ficar parecendo um homenzinho...



Quantas vezes já ouvimos frases desse tipo?



Determinar pura e simplesmente o que é certo e o que é errado para um filho, é uma forma velada, mas muito violenta de agredi-lo.

Agredimos a criança na parte emocional e mais difícil de consertar que há.

Fazemos com que se sinta sem importância, sem direito a ter vontades, sem direito a ter opiniões próprias e, pior, fazemos com que se sinta desrespeitada como pessoa e como ser humano, que é a primeira coisa que elas são, antes de serem nossos filhos...



SALMO, 127:

3- “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão”.



Não são propriedade nossa.

São algo muito delicado e importante que Deus colocou em nossas mãos para cuidar.

Temos queensinar-lhes? Temos sim.

Temos que corrigir-lhes e até impor-lhes alguns limites? Com certeza.

Mas temos também que fazer tudo isso à luz, não só de nossa própria experiência, mas sobretudo, o mais de acordo possível com os preceitos, regras e maneiras de Deus, de Sua Palavra.



Respeitando nossos filhos como pessoas diferentes, inexperientes mas com direito a ter vontades e personalidade próprias e muito pessoais, estaremos dando o primeiro passo para que se sintam importantes, respeitadas e amadas.



Se sentindo assim em relação a nós, confiarão em nós, nos ouvirão e terão o espírito aberto e a alma sossegada e confiante para aprender conosco e nos ensinar muita coisa também.



Respeitar cada um de nossos filhos como pessoas diferentes de nós, é o primeiro passo para não “provocar-lhes à ira”, e é recomendação do próprio Deus.



PROVÉRBIOS, 12:

1- O que ama a correção ama o conhecimento; mas o que aborrece a repreensão é insensato.



A correção é absolutamente necessária, quando o filho começa a enveredar por caminhos comprovadamente errados e insiste neles apenas numa atitude de desafio ou rebeldia.



É preciso mostrar-lheporqueestásendo repreendido e deixar absolutamente claro que o que está sendo reprovado é apenas alguma coisaerrada que ele fez e não ele, como pessoa amada que é.



Ele precisa ter segurança de que é amado, para aceitar a correção como algo necessário e uma atitude de amor dos pais para com ele, e não uma agressão que lhe está sendo feita gratuitamente e, às vezes até sem sentido.



PROVÉRBIOS, 13:

24- Aquele que poupa a vara aborrece a seu filho; mas quem o ama, a seu tempo o castiga.



PROVÉRBIOS, 22:

15- A estultícia está ligada ao coração do menino; mas a vara da correção a afugentará dele.



PROVÉRBIOS, 23:

13- Não retires da criança a disciplina; porque, fustigando-a tu com a vara, nem por isso morrerá.



PROVÉRBIOS, 26:

3- O açoite é para o cavalo, o freio para o jumento, e avara para as costas dos tolos.



PROVÉRBIOS, 29:

15- A vara e a repreensão dão sabedoria; mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe.

17- Corrige a teu filho, e ele te dará descanso; sim, deleitará o teu coração.

Os métodos ditos “modernos” de educação abominam o uso da “vara” como recurso de educação e correção dos rumos da vida de nossos filhos.



Intelectualóides, muitas vezes escondidos em “diplomas” conseguidos sabe-se lá como, se arvoram em donos absolutos da verdade e formulam teorias e mais teorias que, por terem acesso a uma mídia não muito sadia e quase na totalidade muito corrompida, ditam regras e modismos viciados e sem embasamento sólido, com interesses direcionados a objetivos nem sempre altruístas ou humanitários (como a venda de livros, programas disso e daquilo), e com resultados gritantemente desastrosos, mas que amesma mídia que os vende mascara esses resultados e vai se formando uma bola de neve cada vez maior rolando em cima dos desavisados que ainda não aprenderam a se submeter ao comando e controle do Único Ser que possui toda a sabedoria e que não nos deixa sem direção na vida.



Deixar de seguir os preceitos do Criador em troca de “produtos” humanos, é a suprema estultícia.



Se você não corrige seu filho, a vida o fará.



Filho que não apanha em casa, acaba apanhando na rua, ou da polícia.



Claro que não se deve espancar o filho.



Mas há momentos em que não se consegue conversar, porque o filho estácheio de “idéias” ensinadas pela televisão, pelos coleguinhas e até por professores pouco capacitados, e parte para o confronto e o desafio aos pais, e se faz necessário o uso da “vara” para acordá-lo e trazer as coisas de volta aos seus devidos lugares.



Os métodos modernos levaram a um estado de coisas que beira o caos e vivemos numa sociedade onde muitos valores foram invertidos, minimizados e pevertidos e o que se tem é uma grande massa de pessoas desorientadas, egocêntricas e imediatistas, preocupadas apenas com o que podem ter ( e não importa como), enquanto valores mínimos e elementares são catastroficamente esquecidos e geram cada dia novas “teorias”, “métodos” e “conceitos revolucionários” tentando consertar os estragos feitos pelos últimos “conceitos modernos” que predominavam até então.



Enquanto isso, um povo prefere pautar sua orientação de vida em cima dos preceitos, regras e fundamentos eternos, estabelecidos pelo Todo-Poderoso Criador de todas as coisas, vai vivendo um pouco menos complicadamente e, com certeza, com muito mais segurança, tranqüilidade, paz e esperança.



Princípios eternos geram frutos eternos.



Modismos e preceitos humanos geram conflitos e frutos passageiros que precisam sempre estar sendo consertados ou substituídos.



PROVÉRBIOS, 19

18- Corrige a teu filho enquanto há esperança; mas não te incites a destruí-lo.

19- Homem de grande ira tem de sofrer o castigo; porque se o livrares, terás de o fazer de novo.

20- Ouve o conselho, e recebe a correção, para que sejas sábio nos teus últimos dias.



Estes três versículos do capítulo dezenove de Provérbios, confirmam e avalizam praticamente tudo o que foi dito até aqui, porque a Bíblia é eterna e absolutamente coerente em tudo o que diz.



HEBREUS, 12

5- e já vos esquecestes da exortação que vos admoesta como a filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, nem te desanimes quando por ele és repreendido;

6- pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho.

7- É para disciplina que sofreis; Deus vos trata como a filhos; pois qual é o filho a quem o pai não corrija?

8- Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornardo participantes, sois então bastardos, e não filhos.



Numa reflexão final, o exemplo do Deus Eterno.

Ele corrige e disciplina aqueles a quem Ele ama.

Se somos filhos, se ultrapassamos os limites impostos pelo Pai, seremos disciplinados e corrigidos.



Interessante é que reagimos para com Deus, exatamente igual nossos filhos reagem em relação a nós.



Enquanto não adquirimos maturidade e discernimento suficientes para entender quando Deus está nos corrigindo ou tratando conosco, tendemos a questionar Deus e nos tornar resmungões e murmuradores.



Precisamos aprender a ser disciplinados pelo nosso Pai, para aprender a corrigir nossos filhos.



Precisamos aprender a “ter prazer na lei do Senhor”, aceitar a correção e nos sentir amados quando Ele nos corrige. Não ficar murmurando, reclamando e achando que Deus está sempre nos provando ou se esquecendo de nós. Precisamos nos regozijar no amor do Senhor.



Saber que Ele nos ama (por isso nos repreende e castiga, Apoc. 3:19), deve ser motivo de alegria e não murmuração.



É necessário termos consciência de que a correção que recebemos é uma demostração de amor de Deus para conosco.



E é fundamental que transmitamos a nossos filhos essa consciência.



Só assim, teremos filhos obedientes, mas não sem vontade própria.



Conhecedores das regras e limites, mas não castrados em seu direito de entender e ter explicações coerentes e plausíveis sobre essas mesmas regras e limites.



Respeitadores, mas também respeitados.



Só assim, serão capazes de amar e ser amados.

Conviver pacificamente, mas capazes de reivindicar e exigir seus direitos dentro do legal e do razoável.



Conscientes de seus direitos e cumpridores de seus deveres.



Saudáveis física, emocional e espiritualmente.



Enfim, felizes e bem-estruturados na vida passageira e preparados para receber o Pai supremo, o dom da vida eterna.



--------- =X=X= ---------





Ao preparar este pequeno estudo, não quis me arvorar em dono da verdade, pai perfeito, bom filho ou algo parecido.



Aprendi muito preparando esta reflexão. Identifiquei muitos erros que cometi e outros que ainda cometo.



Oro para que o nosso Pai celestial nos dê humildade para aprender com Ele e com os mais experientes sempre, e que nos dê graça e sabedoria do alto para colocar em prática os ensinamentos que estamos recebendo.





ROMANOS, 11

33- Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondavéis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!

34- Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor?

ou quem se fez seu conselheiro?

35- Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?

36- Porque dele, e por ele, e para ele, são todas coisas; pois, a ele eternamente. Amém.



Otoniel F. Menezes

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