segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Lei e Graça

Estamos sob a Lei moral de Deus, no sentido de que ela continua representando a soma de nossos deveres e obrigações para com Deus e para com o nosso semelhante...

Qual era então o propósito da Lei ? Foi acrescentada por causa das transgressões, até que viesse o Descendente (Jesus) a quem se referia a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador (Moisés).” (Gl. 3.19) (NVI).

“Não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador. Ele o fez a fim de que, justificados por sua graça , nos tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna.” (Tito 3.5-7) (NVI).

A lei ainda vigora?

NÃO , de maneira alguma, pois Cristo já aboliu a lei e já firmou outro pacto com a raça humana (II Co. 3.14) “Na verdade a mente deles (Judeus) se fechou, pois até hoje o mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança. Não foi retirado, porque é somente em Cristo que ele é removido.” (NVI).

Quando Jesus morreu na cruz, o véu do templo se rasgou de alto a baixo. Isto significou o fim da lei, pois a partir daquele momento, o templo de Deus, passou a ser os nossos corpos, onde Deus habita através do Seu Espírito. O véu que foi rasgado foi a lei que terminava (Rm. 10.4) “Porque o fim da Lei é Cristo, para a justificação de todo o que crê.” (NVI).

Analisemos os três Aspectos da Lei de Deus

1º - A lei Civil ou Judicial => Representa a legislação dada a ISRAEL, por ex.: Os crimes contra propriedade e suas respectivas punições;

2º - A lei Religiosa e Cerimonial => Esta representa a legislação levítica do Velho Testamento., por ex.: Os sacrifícios e toda aquele simbolismo cerimonial;

3º - A lei Moral => Representa a vontade de Deus para com o homem, no que diz respeito ao seu comportamento e deveres principais.

É toda a lei aplicável aos nossos dias?

Quanto à aplicação da lei, devemos exercitar a seguinte compreensão:

1º - A lei Civil => Tinha a finalidade de regular a sociedade civil do Estado Teocrático de ISRAEL – “ Como tal, não é aplicável normativamente em nossa sociedade” ;

2º - A lei Religiosa => Tinha a finalidade de impressionar aos homens a santidade de Deus e apontar para o Messias, Cristo, fora do qual não há esperança – “Como tal, foi cumprida com a Sua vinda”;

3º - A lei Moral => Tem a finalidade de deixar bem claro ao homem os deveres, revelando suas carências e auxiliando-o a discernir o bem do mal – “Como tal, é aplicável em todas as épocas e ocasiões”.

Estamos sob a lei ou sob a graça?

* Não estamos sob a Lei Civil de ISRAEL, mas sob o Período da Graça de Deus em que o Evangelho atinge todos os povos, raças, tribos e nações;

* Não estamos sob a Lei Religiosa de ISRAEL, que apontava para o Messias. Foi cumprida em Cristo, e não nos prende sob nenhuma de suas ordenanças Cerimoniais, uma vez estamos sob a graça do Evangelho de Cristo, com acesso direto ao Trono da Graça, pelo Seu Espírito, sem a intermediação dos sacerdotes .

* Não estamos sob a condenação da Lei Moral de Deus , se já fomos resgatados pelo Seu sangue, mas nos achamos cobertos por Sua Graça;

* Não estamos, portanto, sob a Lei, mas sob a graça de Deus, nestes sentidos,

Entretanto...

* Estamos sob a Lei moral de Deus , no sentido de que ela continua representando a soma de nossos deveres e obrigações para com Deus e para com o nosso semelhante;

* Estamos sob a Lei moral de Deus, no sentido de que ela resumida no 10 mandamentos, representa a trilha traçada por deus no processo de santificação, efetivado pelo Espírito Santo em nossas pessoas (Jo. 14.15) “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos. ” (NVI). Nos dois últimos aspectos, a própria Lei Moral de Deus é uma expressão da Sua Graça, representando a objetiva e proporcional revelação de Sua Vontade.

Vejamos porque a lei na Graça é inaceitável pelo SENHOR

• Cristo já cumpriu a lei (Mt. 5.17-20);

• Cristo é o Senhor do sábado (Jô. 5.18; Cl. 2.16);

• Nós não estamos no pacto da lei (Rm. 6.14);

• Nós estamos mortos para a lei (Rm. 7.4);

• Nós não estamos na carne (Rm. 7.5);

• Estamos em novidade de espírito (graça), e não na nulidade ou caducidade da letra (lei) (Rm. 7.6);

• A lei mata (Rm. 7.9; II Co. 3.6);

• Cristo foi condenado pelas nossas transgressões (Gl. 3.19);

• A lei não pode vivificar e nem justificar (Gl. 3.21);

• Somos guiados pelo Espírito, e não estamos debaixo da lei (Gl. 5.18);

• A lei forma homens débeis (Hb. 7.28);

• Diante da lei, todo ser humano é culpado, sendo a lei um ministério de condenação, morte e maldição (II Co. 3.7-9; Gl. 3.10; Rm. 3.19);

• A lei não justifica o pecador, nem santifica o crente (Gl. 3.11-12);

• A lei condena o melhor homem, e a graça salva o pior homem. Não há um justo que possa ficar de pé diante da lei. Aquilo que deveria servir como caminho da salvação do homem, veio a ser uma maldição (Rm. 7.10).

Guardar a lei na graça é tentar a Deus. Pedro vai além ao dizer que todos os que foram salvos no regime da lei foram salvos pela graça, pois a lei não justifica ninguém (Gl. 4.4-5). Cristo em graça resgatou também os que viveram na lei antes que viesse a graça. Se Cristo descesse da cruz, Moisés, Enoque, Elias e todos os profetas do Antigo Testamento, desceriam do céu direto para o inferno. Qualquer pessoa que crê que devemos guardar uma letra da lei, está crendo que cristo morreu em vão. Tudo o que Jesus conquistou na cruz nós recebemos pela graça, mediante a fé e NÃO PELA LEI (Gl. 3.1-5)

A lei é uma maldição e todos os que guardam os seus preceitos estão debaixo de maldição. No pacto da lei, Israel tinha que guardar todos os preceitos da lei para regular suas vidas, a lei eram regras de conduta para se poder fazer a vontade de Deus, e se um só preceito fosse quebrado, todos os outros também seriam quebrados (Tg. 2.10-11); dessa forma ninguém NUNCA poderia cumprir a lei, e esta nunca pode justificar ninguém, e não havia um justo sequer. Na graça somos justificados mediante a fé (Rm. 3.10-12; 5.1).

A lei não pode anular a graça, pois a graça é anterior à lei (Gl. 3.15-17)

“DE ADÃO ATÉ CRISTO, O POVO DE DEUS FOI SALVO PELA FÉ NA PROMESSA DE QUE DEUS ENVIARIA O SALVADOR EM GRAÇA.

DE CRISTO ATÉ HOJE, O POVO DE DEUS É SALVO PELA FÉ NO CUMPRIMENTO DESSA PROMESSA .”

O pacto da lei foi o nosso tutor (protetor, defensor) antes que se cumprisse a promessa da graça em Cristo (Gl. 3.23-25).

O PESO DA GRAÇA

• A graça de Jesus se caracteriza pela grande liberdade dos cristãos (Gl. 5.1);

• Todavia esta liberdade não é LIBERTINAGEM como querem alguns (Jd. 4) “Pois certos homens, cuja condenação já estava sentenciada há muito tempo, infiltraram-se dissimuladamente no meio de vocês. Estes são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor.” (NVI);

“A VERDADEIRA LIBERDADE NÃO É FAZER O QUE SE QUER, MAS SIM USUFRUIR DE TUDO O QUE CRISTO NOS DÁ” – (Ef. 1.3) “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo.” (NVI).

• Jesus disse que o pacto da graça tinha em seu fiador um jugo suave e um fardo leve (Mt. 11.30);

• Ao contrário da graça, a lei tem um jugo insuportável que nem o povo de Israel conseguiu suportar e nunca ninguém levará este fardo na íntegra sobre os seus ombros (At. 15.10);

• Hoje vemos em muitas Igrejas , homens falando de si mesmos e atando fardos pesados sobre os seus ombros e dizendo que temos que pagar o preço da salvação (Mt. 23.4,13);

“POR SER UMA ALIANÇA SUPERIOR À LEI, A GRAÇA É MAIS SEVERA EXATAMENTE POR TER O TESTADOR MORRIDO PELA HUMANIDADE PARA CONFIRMAR O TESTAMENTO.”

(Hb. 9.16-17) “No caso de um testamento, é necessário que se comprove a morte daquele que o fez; pois um testamento só é validado no caso de morte, uma vez que nunca vigora enquanto está vivo quem o fez.” (NVI).

• A graça não levando o seu fardo leve e o seu jugo suave, por querer levar o pesado fardo que Cristo já levou por nós, o Senhor punirá RIGIDAMENTE. Querer introduzir os ritos e o fardo pesado da lei na graça é uma “Profanação do Sangue da Graça Derramado por Cristo na Cruz.”, e é também um ultraje ao Espírito Santo (Hb. 10.26-31) “Se continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebemos o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, mas tão-somente uma terrível expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus. Quem rejeitava a Lei de Moisés morria sem misericórdia pelo depoimento de duas ou três testemunhas. Quão mais severo castigo, julgam vocês, merece aquele que pisou aos pés o Filho de Deus, profanou o sangue da aliança pelo qual ele foi santificado, e insultou o Espírito da graça? Pois conhecemos aquele que disse: “A mim pertence a vingança; eu retribuirei”; e outra vez: “O Senhor julgará o seu povo”. Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo!.” (NVI).

• Na lei, os filhos rebeldes e as pessoas adúlteras eram apedrejadas até a morte por homens pecadores (Lv. 20.10; Dt. 21.18-21). Havia pecados para morte e outros não;

• Na graça, não há distinção de pecados, pois todos ofendem a Deus (Rm. 5.17); é por isso que Jesus advertiu àqueles homens que queriam apedrejar a mulher adúltera, porém, ninguém atirou a pedra nela, pois todos eram pecadores também. Não podiam condena-la, embora todos quisessem, mas todos somos iguais perante o Senhor (Jo. 8.1-11).



A lei de Cristo (graça)

A graça é a lei de Cristo. A lei da liberdade, ONDE A MISERICÓRDIA TRIUNFA SOBRE O JUIZO, ou seja, a graça triunfa sobre a lei, o perdão triunfa sobre a condenação e é por esta lei da liberdade que seremos julgados (Tg. 2.12-12) “Falem e ajam como quem vai ser julgado pela lei da liberdade; porque será exercido juízo sem misericórdia sobre quem não foi misericordioso. A misericórdia triunfa sobre o juízo!.” (NVI).

A lei de Cristo (graça), é a lei da fé e do amor e da liberdade (Rm. 3.27-28; Gl. 6.1-5); esta lei não visa interesses próprios, e sim o interesse de outrem (I Co. 10.23-24).

A LEI RÉGIA É ESTA: “Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a Lei. Pois estes mandamentos: “Não adulterarás”, “Não matarás”, “Não furtarás”, “Não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da Lei.” (Rm. 13.8-10) (NVI).



(Compilação de estudos – por Mauro Graner – 2.004)

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